Desenvolver o Brasil para enfrentar a crise é tema de pronunciamento de Raul Carrion
No Grande Expediente desta quinta-feira (3), o deputado Raul Carrion (PCdoB) abordou o tema "Desenvolver o Brasil para enfrentar a crise". O parlamentar fez considerações sobre a crise internacional que está afetando países europeus e explicou de que forma países emergentes como o Brasil podem utilizar esse período histórico como oportunidade para crescer. Hoje a principal tarefa das forças progressivas e populares e, especialmente da esquerda, é impulsionar o governo a liderar o novo pacto político para realizar avanços estruturais que o país necessita e garantir um novo projeto de desenvolvimento nacional, soberano, com distribuição de renda e geração de empregos.
Crise
Carrion lembrou que a atual crise do capitalismo globalizado teve início em 2007, nos Estados Unidos. Segundo o parlamentar, a economia norte-americana apenas não ruiu devido a ações governamentais tais como o corte de investimentos sociais, a guerra cambial contra as demais economias, a emissão de dólares sem lastro, entre outras. Atualmente, de acordo com ele, assistimos a uma segunda fase aguda da crise, que atinge países periféricos da economia europeia, como Grécia e Espanha.
Conforme defende Carrion, a hipertrofia do capital financeiro é uma das causas de tantos problemas. Há, na opinião do deputado, total falta de correspondência entre a riqueza real - aquela investida em atividades produtivas, a única que gera riqueza - e a virtual, representada por ações e papeis negociáveis. A riqueza virtual hoje é dez vezes maior que a real na economia mundial, disse.
Oportunidades
Para o parlamentar, da mesma forma como Getúlio Vargas usou o crash de 1929 para estabelecer as bases de crescimento do país e como Lula enfrentou a primeira fase da crise atual, a presidenta Dilma deve aproveitar as oportunidades criadas para abrir caminhos a um novo projeto de desenvolvimento nacional. É preciso romper com o pacto tácito entre Estado e círculos financeiros, estabelecido em 1994 por ocasião do Plano Real, que garante aos banqueiros juros estratosféricos. O novo pacto tem como protagonistas os trabalhadores e o setor produtivo do empresariado nacional, alterando a política macroeconômica do Brasil, disse.
Participações
Manifestaram-se em apartes os deputados João Fischer (PP), Heitor Schuch (PSB), Gerson Burmann (PDT), Cassiá Carpes (PTB) e Raul Pont (PT).
0 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.