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25 de Abril de 2024
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    Base do governo rejeita emenda e piso regional é reajustado abaixo da inflação

    Em votação nesta terça-feira (25), no plenário da Assembleia Legislativa, deputados da base do Governo Sartori rejeitaram uma emenda ao projeto 9/2016, que tratava do reajuste do salário mínimo regional. A emenda número 4, construída por acordo entre parlamentares e centrais sindicais do Rio Grande do Sul, previa um reajuste de 8,1% para repor a inflação do período e apenas parte da perda salarial acumulada. Após a rejeição, foi aprovado o reajuste do piso em 6,48%, conforme projeto apresentado pelo Governo Sartori. Essa é a primeira vez em quase 20 anos, desde que o piso regional implantado no estado, que o índice aprovado é inferior a inflação.

    Em várias manifestações na tribuna, deputados e deputadas da Bancada do PT defenderam a proposta por um reajuste maior, por meio da emenda 4, conforme acordado com dirigentes sindicais de trabalhadores. Confira a seguir como se manifestaram os (as) petistas na tribuna.

    Altermir TortelliO Governo Sartori marca a história do RS como o primeiro governo que nem sequer cumpre a reposição do piso regional acima da inflação. Historicamente, sempre se garantiu um valor de reajuste superior ao índice inflacionário. A pequena elevação de cerca de R$ 17,00, proposta na emenda, poderia garantir uma melhor condição de renda para mais de 3 milhões de gaúchos e gaúchas. Depois de 36 anos de vida sindical, ter que ouvir os mesmos argumentos esfarrapados de sempre, por parte de deputados que representam o patronato de que a valorização do salário mínimo regional causaria o aumento da informalidade, isso é mentira! Nós não estamos falando aqui de transferência de recursos bilionários, estamos simplesmente falando de R$ 17,00 por mês a mais aos trabalhadores.

    Adão Villaverde
    O reajuste (8,1%), ainda que pequeno, ajuda na dinâmica do mercado, no fomento do consumo, na potencial geração de emprego e renda. É um instrumento virtuoso para afirmar e reafirmar o crescimento e o desenvolvimento do RS. A emenda agrega a nova categoria profissional dos condutores de ambulância em emergência, considerada de alta vulnerabilidade devido às condições de trabalho que, por exemplo, não preveem horário de refeições e nem o afastamento do veículo para satisfazer necessidade biológicas. Isto dá uma dimensão do piso e do seu caráter protetivo para o trabalhador, que, sem a referência salarial, fica totalmente vulnerável.

    Stela Farias
    Vamos continuar trabalhando pela recuperação de perdas, porque esse é um debate ideológico: os que estão ao lado dos trabalhadores e os que estão ao lado dos patrões. É importante salientar que, em 17 anos da existência do salário mínimo regional, é a primeira vez que uma perda do ano anterior não é recomposta. A emenda é apenas para repor o que o governo não deu no ano passado.
    É impressionante a capacidade deste governo em bater recordes negativos. O governo Sartori faz um esforço para ser o melhor e mais bem acabado laboratório das políticas de maldades que vivemos no país. É um governo que aumento ICMS, não contrata servidor; vivemos o caos na Saúde e Educação. A Segurança Pública é uma calamidade! O governo fez a escolha de precarizar tudo que é público e paga para ver o quanto pior melhor.

    Miriam MarroniTemos orgulho em ter dado 40% de aumento no salário mínimo regional, durante o governo Tarso Genro. O Rigotto deu 4% acima da inflação. Yeda, 10% acima e Tarso 40%. Salário faz girar a economia. Não estamos aqui discutindo reajuste de categorias que recebem mais de 10 ou 15 salários mínimos. Falamos do básico do básico... Qualquer governante de qualquer país sabe que se um trabalhador pode ganhar um pouco mais, ele faz o comércio vender. Isso é bom para as famílias gaúchas. Um aumento digno melhora vários setores e impulsiona a economia.

    JefersonNunca trabalhador teve tanto poder de compra quanto nos governos Lula e Dilma. Dizer que o governo Tarso deu menos reajuste que os governos neoliberais é uma falácia, pois os dados provam o contrário. Sartori é o primeiro governador da história que dá percentual abaixo da inflação.

    TarcísioO governador Sartori vai passar para a história como o governador que, no primeiro ano de governo, provocou perdas salariais em relação à inflação. O que pedimos é apenas a inflação, que qualquer patrão, minimamente consciente, deve repor. Isso é constitucional. A diferença entre o que o governo propõe (6,48%) e o que nós e as centrais pediram é muito pouco, cerca de R$ 18,00. Para os empresários é nada! Mas para os trabalhadores é muita coisa! Dá muito litro de leite e muita passagem de ônibus!

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