Divaldo Franco recebe homenagem da Assembleia gaúcha
Um salão Júlio de Castilhos superlotado com admiradores e simpatizantes da Doutrina Espírita recebeu de pé, por volta das 17h, e com prolongado aplauso, um dos maiores divulgadores do espiritismo não só no Brasil, mas no mundo. Divaldo Franco, deslocando-se lentamente, apoiado em uma bengala por um lado e pelo deputado Westphalen por outro, recebeu inúmeros cumprimentos, retribuindo com simpatia.
Em uma manifestação rápida, o deputado Westphalen se disse honrado e agradeceu a vinda do espírita, que se desloca pelo país e pelo planeta com ânimo, mesmo aos 91 anos. Adílson Troca afirmou que a Casa se sentia agraciada com a sua presença. “A homenagem é sua para com a Assembleia gaúcha”, resumiu. Na sequência, foi entregue a placa ao convidado. “Nossas falas foram breves porque todas estas pessoas aqui querem ouvi-lo, e estão pacientemente aguardando suas manifestações”, explicou Westphalen.
Na sequência, Divaldo desculpou-se pelo atraso. “A empresa Gol não foi amiga”, brincou, contando que aconteceram seis trocas de aeronaves, ocasionando a demora em chegar. Igualmente, explicou a necessidade de falar sentado, em razão de recente cirurgia na coluna. A seguir, agradeceu a deferência da placa recebida, mas pediu licença a Westphalen para que pudesse passá-la à Federação Espírita do Rio Grande do Sul e aos seus colaboradores.
Após, e por 20 minutos, traçou um histórico da Doutrina Espírita, desde os primórdios dos pensadores gregos, até os dias atuais. Lembrou os estudos e revelações que deram credibilidade ao espiritismo ao longo de séculos a partir de considerações de renomados cientistas e estudiosos. “A pesquisa do universo, alargando-se além da imaginação, demonstrava que a tradição religiosa da fé cega não poderia sobreviver. Era necessária uma doutrina capaz de contribuir para o avanço da ciência”, observou.
Citou que estes estudos e pesquisas evoluíram até que Allan Kardec iniciou a confirmação e a codificação da Doutrina. Definiu que o Espiritismo é uma ciência que estuda a natureza e o destino dos espíritos e as relações existentes entre o mundo corporal e o mundo espiritual. Em 1º janeiro de 1858 publicou a Revista Espírita, dizendo tratar-se de uma publicação psicológica, termo pela primeira vez empregado. A seguir, publicaria o Livro dos Espíritos, o primeiro de uma série de obras, trazendo os princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma.
Depois de percorrer com desenvoltura e invejável memória pela trajetória do espiritismo até os dias de hoje, Divaldo voltou a agradecer o carinho e a receptividade “desta profícua Casa legislativa gaúcha”, e destacou o momento pré-eleitoral. “É importante que estejamos atentos a condutas que nos levem às melhorias sociais. Temos dificuldades em nosso país, e precisamos melhorá-lo, assim como ao mundo todo. Mas, se não podemos mudar o todo, que iniciemos mudando a nós mesmos. Quando conseguirmos isso, o mundo evoluirá, e isso cabe a todo o cidadão, religioso ou não. Porque acima da crença religiosa está a cidadania. O indivíduo vale não por aquilo que pensa, mas como age e como se comporta. O espiritismo abre seu elenco de doutrina filosófica para receber em seu seio todas as criaturas que tenham necessidade das luzes divinas do Evangelho de Jesus”.
Ao final, agradeceu outra vez a paciência da plateia e deixou, como recado final: “Vale a pena amar; ante qualquer situação, ante qualquer desafio, sejamos nós aqueles que amamos”.
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